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Faca Escoteira

Um dos principais utensílios escoteiros quando em atividades de campo é a faca. Utilizada na cozinha para o preparo dos alimentos, é também uma importante ferramenta para a construção de todas as facilidades de um acampamento escoteiro.

Muitos são os modelos utilizados, de aço carbono, aço inox, laminadas, forjadas, com diferentes feitios de lâminas e cabos. A maioria dos modelos inspirados nos fabricantes da cidade alemã de Solingen. Cabe aqui um breve comentário para aqueles menos ambientados a cutelaria internacional. Particularmente no Rio Grande do Sul, se ouve a expressão “faca solingen” como se isso fosse uma marca ou modelo. Contudo, esta é uma “Denominação de Origem – DO”, assim como Champagne ou Vale dos Vinhedos, recentemente conquistada. Portanto, se refere a uma cidade na Alemanha, que abriga mais de 100 fábricas ativas e que produz cutelaria há mais de 900 anos. Vide o mapa abaixo para o localização da região.

Solingen

Todo o colecionador de facas conhece a história desta cidade, assim como de Toledo, na Espanha, e de Sheffield, na Inglaterra, que foram os três grandes centros cuteleiros europeus quando as guerras eram dependentes das espadas e baionetas. Forneciam armas para todo o planeta, armando inclusive o exército brasileiro durante o século 19 e parte do século 20 . Derivando da indústria bélica, ocorreu a produção de ferramentas e utensílios em geral.

Brazão da cidade de Solingen

Fonte: Carter, Anthony. The Swords and Knife makers of Germany 1850-2000, volume I, pg 13, 2001, Ed Tharston Press.

A gravura acima é uma reprodução do catálogo da fábrica Backhaus, de 1920, com modelos de facas esportivas, usadas para caça e acampamento. Em franca atividade e produzindo cutelaria fina internacional, dentre outras, destacam-se a Friedrich Herder, com marca registrada desde 1727, mas produzindo desde antes disso; J.A. Henckels, fundada em 1731; Carl Eickhorn, desde 1865; Kirschbaum & Weyersberg (uma família que fez muitos prefeitos de Solingen), duas empresas distintas que se uniram em 1883; Heinrich Böker; Puma; para citar as mais tradicionais.

No Brasil, houve um modelo de faca que foi preferido pelos escoteiros durante muitos anos, conforme atestam alguns chefes mais antigos e segundo nos relata o colecionador Laércio Gazinhato: (http://www.knifeco.ppg.br/mundial.htm)

“Modelo de Escoteiros: Provavelmente manufaturada entre 1974 e 1975, já mostra o espigão preso no pomo por pino passante de alumínio. Especialistas da marca afirmam que, embora não-oficial, foi o modelo preferido dos escoteiros brasileiros da época. Por parte do fabricante nunca teve essa denominação ou apelo comercial. Sua lâmina tem 5 polegadas de comprimento, é em aço carbono e ainda apresenta o logotipo grande da Mundial timbrado a ácido numa das faces da lâmina.”

Foto de Laércio Gazinhato

“Posteriormente, no início dos anos 80, um modelo similar com lâmina 1/8″ maior e em aço inoxidável foi lançado, certa e igualmente também cativando a atenção de grupos nacionais de escoteiros. Este tinha timbrado na lâmina um distico redondo informando que se tratava de aço inoxidável cromo-molibdênio.”

“O Início do Plástico: A partir de 1972, a Mundial passou a usar material plástico na empunhadura de suas facas esportivas. Isto ocorreu em todos os modelos e dois anos depois, em 1974, a empresa mudaria o sistema de fixação do espigão de suas lâminas, passando de uma cupilha em latão, inserida e rosqueada no pomo, para um pino passante de alumínio. Portanto, esta faca com lâmina de 6 ¼ polegadas em aço carbono só pode ter sido manufaturada entre 1972 e 1974. Além de apresentar empunhadura em plástico mas com “espigão” preso por cupilha, sua bainha é absolutamente incomum, mostrando traços de modernidade no prendedor (cujo tipo é raramente visto), mas ainda com painel pirografado. O logotipo grande foi timbrado em facas esportivas da Mundial até 1975.”

Curiosamente, o P.O.R. vigente na década de 1970’s, na regra 13-14, estabelecia o uso da faca como equipamento e ainda definia a “Faca Tipo Escoteiro”, sem, porém, descrevê-la. Apenas dizia que deveria ter uma bainha de couro e ser usada presa na cintura, conforme se pode ler abaixo. Restringia seu uso para os escoteiros de Segunda Classe (etapa de progressão da época), certamente porque as regras de segurança para ferramentas de corte faziam parte deste momento da formação.

O manual para os escoteiros nesta época eram os três guias do Chefe Floriano de Paula, dedicados ao Escoteiro Noviço, de Segunda Classe e de Primeira Classe. Abaixo temos a capa do guia e as páginas 74 e 75 onde este assunto é tratado. Reparem a ressalva de ser um instrumento de trabalho e que não deveria ser usado para ostentação.

Neste mesmo período, a Tramontina passa a fabricar um modelo concorrente muito semelhante, porém em aço inox com 5 polegadas de lâmina, cabo também de plástico e alumínio mimetizando chifre de cervo, e que também foi muito utilizado pelos escoteiros, conforme foto abaixo. Este modelo é do início dos anos 1970’s.

Este outro exemplar, também da Tramontina e com 5 polegadas de lâmina, foi produzido em 1981 e obedecia as mesmas características. Teve o cabo original substituído em 2005 devido a danos irreparáveis que o plástico sofreu. Este cabo customizado foi produzido com chifre bovino e anéis de jacarandá.

Outros modelos que apareceram neste período foram de facas maiores, com 7,5 polegadas de lâmina, de aço carbono, com múltiplas funções acopladas na lâmina e cabo, tais como abridor de garrafa, saca-rolha, chave de arame e sacador de cartuchos de arma de fogo. Um modelo direcionado a caçadores mas que foi muito útil aos escoteiros, especialmente pela robustes, resistência e múltiplas funções. Uma faca que poderia ser usada na cozinha, mas também admitia serviços mais pesados, como cortar galhos e taquaras. O modelo abaixo é um destes exemplares Tramontina, de aço carbono, com cabo de plástico e detalhe do extrator de munição na segunda foto, produzida em meados da década de 1960.

Assim como para os caçadores, houve outro modelo da Tramontina direcionado aos pescadores, que era a faca Praiana. De aço inox, também com 7,5 polegadas de comprimento da lâmina, cabo plástico e acessórios no dorso da lâmina, que neste modelo incluia um descamador de peixes.

Já nos anos 1990’s este modelo em aço inox era produzido sem a mesma resistência e robustez dos modelos anteriores. Foram mantidas as características de apresentação da peça, mas elas não admitiam mais serviço pesado, mesmo porque o inox não tem as características de resistência ao impacto que o aço carbono demonstra.

Então, um conjunto misto foi apresentado, incluindo duas peças com formato Bowie: Uma pequena, de aço inox, com 4 polegadas de comprimento e múltiplas funções e outra grande, como um pequeno facão mas de dorso bastante largo, de aço carbono, pesada, acomodadas em uma mesma bainha de nylon, sendo, dessa forma, carregadas juntas.

Portanto, não existe um modelo genuinamente escoteiro, ou que possa ser comprovado como tal, mas ao longo do tempo, sempre houve alguns modelos mais adequados a prática escoteira e preferido pelos acampadores. Concluímos com o raciocínio de Abel A. Domenech em sua excelente obra “Dagas de Plata” (1 ed, pg 36-37, 2005) ao definir o Cuchillo Criollo (faca crioula, a faca do gaucho como habitante da pampa sem fronteiras, envolvendo o Brasil, o Uruguai e a Argentina) que descreve: “Como definir quando Rosas, um verdadeiro gaúcho, utilizou uma Bowie inglesa e até uma faca de Albacete? Como definir, depois de descobrir nos pagos de Areco, um Kandjar de Joseph Rodgers (cutelaria mais importante de Sheffield), que um paisano levava para realizar mil tarefas campeiras. Todos foram facas criolas, e ao mesmo tempo não foram, pelo menos na sua forma tradicional. Mas serviram fiel e eficientemente aos seus donos.”

O Grupo Afilhado

 

          O Chefe Lucas Meister se muda de Triunfo para Caibaté, uma cidade na região das Missões Jesuíticas no Rio Grande do Sul, noroeste do estado, e distante mais de 450 km de Triunfo, em 2008. Acaba a dupla Dabil-Lucas, formada pelo próprio e pelo chefe Daniel de Souza Franco, iniciada quando ainda eram escoteiros há mais de dez anos, chegando até a chefia juntos e incluindo a participação no Jamboree Mundial da Inglaterra em 2007.

 

A dupla Lucas-Dabil

 

          Foi uma grande perda para o Chama Farroupilha, além do amor de todos, também era muito competente nas suas funções e já era uma pessoa folclórica no grupo. Há muitas histórias do retratista oficial que carregava um tripé para bater fotos com a máquina digital (até para a Inglaterra), da canção suco suco suco, da expressão “ô, cara!”, dos muitos romances com as chefes de outros grupos e tantas outras histórias que o Lucas protagonizou e que são impublicáveis.

          Chegou a notícia em Triunfo de que estaria fundando um grupo escoteiro em sua nova cidade, logo buscamos contato e a informação se confirma. Realmente avançava na idéia da fundação de um grupo em Caibaté, mobilizando pessoas, visitando escolas uniformizado e explanando sobre o movimento. Não aguentava a saudade de praticar escotismo, mesmo que houvesse se mudado há poucos meses.

          Pessoalmente, precisamos dizer que nada traz mais alegria. Você ver alguém que foi seu escoteiro e chefe contigo enfrentar este desafio é gratificante, pois mostra que todo o trabalho dispensado frutificou, tivemos a feliz sensação da colheita após o plantio. É como ver um filho se formar e ingressar na vida profissional.

          Incondicionalmente todos do Chama Farroupilha apoiaram o projeto com as facilidades da internet e telefonia celular. Mantivemos um contato quase diário durante meses, transferindo material, idéias e atendendo as solicitações do Lucas Meister.

          Naturalmente, e depois oficialmente, o Chama Farroupilha se tornou padrinho deste novo grupo que chama-se “Caiboathe 335 RS”, obedecendo a grafia antiga e a pronuncia indígena. O lenço foi desenhado pelo então pioneiro Elvis Sarmento Silva e o Brasão pelo chefe Dabil, inspirados no brasão e cores do município. Também participamos muito palpitando o nome, para ajudar a comunidade local. Com o objetivo de homenagear o Chama Farroupilha, Lucas escolhe como data de fundação do Grupo Escoteiro Caiboathe a mesma data do Chama Farroupilha, 1º. de maio.

          Organizamos uma grande excursão para realizar a cerimônia de fundação e levamos praticamente todo o grupo. Saímos de Triunfo na sexta-feira, 30 de abril de 2010, próximo das 23 horas e viajamos em um ônibus muito confortável durante toda a noite, enfrentando uma cerração muito espessa. Ao clarear do dia estávamos em Caibaté, onde acampamos em um educandário no centro da cidade, que abriga o grupo escoteiro. A noite, realizamos o cerimonial de fundação do grupo que foi inteiramente concebido por nós e desenvolvido pelo Chama Farroupilha, iniciando com a troca de lenço do Chefe Lucas. Havia muitas autoridades locais presentes, o Comissário Distrital, chefe Alberto Stochero e a atual Conselheira do Conselho de Administração Nacional, Cristine Bohrer Ritt.

          Para proteger e abençoar o novo grupo, por sugestão do Chefe José Carlos Krause Lopes, oferecemos uma imagem de São Jorge, padroeiro do escotismo. Recebemos de presente uma elegante placa de agradecimento de nossos afilhados, que está orgulhosamente exposta em nosso armário de troféus.

 

 

Parte dos escoteiros presentes a fundação do Caiboathe, no dia seguinte da cerimônia

 

          Aproveitamos a viagem para conhecer o Santuário dos Três Mártires no Caaró, local de peregrinação católica, o município de Mato Queimado, onde fomos recebidos pelo prefeito municipal e as ruínas da Redução Jesuítica de São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões, patrimônio mundial pela UNESCO, desde 1983.

 

 

 

Grupo Escoteiro Chama Farroupilha visitando as ruínas das Missões Jesuíticas em 2010.

 

Salário de Chefe

 

Moedas da Boa Ação

 

            Qual a maior satisfação de um chefe escoteiro? Qual o salário de um escotista? Muitos respondem que é o sorriso dos jovens com quem trabalhamos, mas hoje se pode afirmar com tranquilidade que esta é uma satisfação ou pagamento fugaz, é como se fosse a gorjeta que se recebe ao atender bem um cliente ou freguês, não é o pagamento verdadeiro.

 

            Atualmente acreditamos que nosso pagamento verdadeiro, o salário de carteira assinada com fundo de garantia, é olhar para trás depois de alguns anos e ver que rumo tomaram os jovens que foram nossos escoteiros, que caminho eles escolheram para suas próprias vidas depois que passaram por nossa influência.

 

            É o sucesso deles que expressa o nosso salário, o quanto trabalhamos bem ou quanto ainda podemos melhorar como chefes, como pessoas. Obviamente que o escotismo não é a única influência na vida destes indivíduos, logo não pode receber todos os louros da vitória daqueles que se tornaram cidadãos de sucesso e nem a responsabilidade pelos insucessos e problemas que muitos tiveram. Mas não se tem dúvida que a contribuição do Movimento Escoteiro é positiva e realmente ajuda as pessoas.

 

            O Grupo Escoteiro Chama Farroupilha esta em uma cidade pequena, por isso as pessoas não perdem o contato e quando se olha para os jovens que passaram pelo grupo nestes vinte e seis anos de existência, se sabe que alguns tiveram desventuras, mas são incontáveis os casos de sucesso. Pessoas que hoje são advogados, médicos, dentistas, engenheiros, administradores, contadores, empresários, professores, comerciantes, operários, militares, músicos, policiais, funcionários públicos, enfim, uma variedade de profissões, mas todos com uma vida honrada onde os enunciados de Baden-Powell fazem parte do cotidiano, muitas vezes sem serem percebidos conscientemente por aqueles que foram escoteiros.

 

            É com muita tranquilidade que se pode afirmar que a existência de um Grupo Escoteiro na comunidade é muito profícua, sendo inegável a sua contribuição para a educação dos futuros cidadãos. No caso do Chama Farroupilha, nunca é demais agradecer aos fundadores Silvio Machado Felten (in memoriam), Saulo Ernani Radin e Achiles Goldani Netto que juntos com outros plantaram a semente em 1986 e cuidaram da muda até ela se tornar uma árvore frondosa. Hoje aproveitamos sua sombra, colhemos os frutos, mas continuamos cuidando desta árvore que exige atenção permanente e contínua para que as próximas gerações também possam desfrutá-la e mais chefes recebam seus salários.

 

SIGUE, a vivência de um grupo escoteiro

           A experiência de utilizar o SIGUE, sistema de informações desenvolvido pela União dos Escoteiros do Brasil (UEB), para gestão dos grupos escoteiros, é uma das mais emocionantes possível. Esta ferramenta é um verdadeiro presente para as unidades escoteiras e a razão deste entusiasmo nasce na época em que toda a administração da seção e do grupo era na base do papel.

            Há poucos anos atrás era impossível pensar em ter acesso a base de informações do grupo escoteiro em qualquer lugar e a qualquer hora. Usualmente isto só poderia ser feito na sede do grupo e resultava em um volume significativo de papel que necessitava ser eternamente arquivado. Parece, aos chefes e dirigentes, algo óbvio, mas converse com chefes ou dirigentes novos, que entraram para o escotismo após a implantação do Sigue e conte a eles como era a vida na época da Ficha 120 e da 121 para adultos. Eles simplesmente não acreditam. Não crêem que era necessário escrever vinte, trinta vezes, a mesma frase em cada ficha individual, para cada atividade. Parecia castigo escolar do tempo antigo. Sem falar na dificuldade de utilizar e manter atualizados os pequenos e confusos campos da ficha 121. O resultado era a grande maioria de escotistas sem fichas pessoais, com sua história ficando perdida. Abaixo estão exemplos destas fichas, com modelos da década de 1990’s.

Ficha 120 dos anos 1990's

 

Ficha 121 dos anos 1990's

            É sabido que alguns grupos desenvolveram bancos de dados para usar o computador ao invés do serviço braçal, mas um sistema oficial, acessível a todos, é, talvez, o maior avanço administrativo de toda a história da UEB. Além disso, permite ao órgão central registrar e contabilizar tudo que é feito no país. Imagine um relatório ou alguma forma de divulgação do escotismo afirmando que em determinado ano, no Brasil, houve 5 mil acampamentos escoteiros, realizados pelos grupos, por exemplo. Hoje, qualquer informação desta natureza poderá ser gerada no Sigue, englobando todo o território nacional e oferecendo uma visão de tudo o que fizemos no país. Será possível contabilizar tudo o que o escotismo brasileiro produz.

            Outra inegável qualidade do sistema é o arquivo fotográfico que é formado, permitindo acesso a todos os participantes do evento. Com as devidas proporções, quase um Facebook escoteiro. Recentemente, a incorporação da avaliação das atividades do Troféu Grupo Padrão através do Sigue também representou um excelente avanço, reduzindo o trabalho e a duplicidade de informações e relatórios. Certamente logo os Mutirões Nacionais Escoteiros de Ação Ecológica e de Ação Comunitária seguirão o mesmo caminho.

            Após o período de implantação e aprendizado do sistema, experimentamos uma fase de neurose de dados, com a necessidade de lançar a maior quantidade possível de informações pregressas, o que resultou no resgate da memória do grupo. Fantástico. Um efeito colateral inesperado, mas muito benéfico, pois os livros e fichas estavam se deteriorando, todavia precisavam ser preservados e recuperados porque para aqueles membros que no passado faziam parte do grupo não podem ser incluídas novas informações, uma vez que a base de participantes é o registro escoteiro atual e isto nos parece também muito correto. Neste ponto aparece outro benefício, o combate a evasão, que desta vez é por uma vontade enorme do jovem em ter acesso as suas informações. Isto facilitou a vida nos grupos, pois naturalmente aumentou o interesse de cada um em registrar-se.

            Mas a riqueza do sistema está justamente em utilizá-lo em sua plenitude e não apenas para o registro escoteiro e inscrições em eventos. Percebemos que quanto mais o implantamos, mais necessitamos dele e mais facilidades e benefícios são descobertos. Até os chefes mais refratários acabam se rendendo ao sistema e gostando muito. Por isso, a preocupação dos chefes e dirigentes do grupo em abastecer de forma correta e abundante o programa é fundamental para o sucesso.

            Naturalmente, as chefias começaram a sofrer esta pressão dos jovens, pois se consultam o Sigue Jovem e encontram seus dados desatualizados, já na próxima reunião questionam sobre o assunto.

            Acreditamos que podemos avançar mais, justamente para motivar os adultos a lançar dados no Sigue. A exemplo do que o CNPq desenvolveu no meio científico, criando uma base de currículos dos pesquisadores brasileiros, conhecida como Plataforma Lattes (http://lattes.cnpq.br), talvez fosse possível oferecer consulta pública ao sistema para os currículos escoteiros dos adultos. O currículo Lattes permite visualizar a vida acadêmica do profissional, sem que dados pessoais ou de identificação tais como endereços, telefones, CPF’s, exceto o nome, sejam mostrados, utilizando uma ferramenta de busca individual. Assim, seria viável a qualquer pai pesquisar a Ficha 120, ou parte dela, dos chefes ao qual está confiando seu filho. Haveria mais transparência e um cuidado maior na atualização dos dados.

            Concluímos afirmando que este sistema é estimulante, muitíssimo útil e seus idealizadores e desenvolvedores merecem o reconhecimento de todos nós que utilizamos o mecanismo, sem dúvida, um grande progresso para todos.