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Você tem fome de quê?

O objetivo deste post é revisar, de forma retrospectiva, quais os principais interesses dos leitores deste blog, medindo através da contagem dos acessos de cada publicação.

O blog está no ar desde janeiro de 2012, portanto há mais de 6 anos. Os assuntos dos posts e páginas são diversos e por isso foram classificados em 3 grandes grupos para identificar a preferência dos leitores. Para a contagem dos acessos, foram utilizadas as ferramentas administrativas do blog, oferecidas pela WordPress, na página de gerenciamento.

Estas 3 áreas temáticas foram História, para as postagens referentes a história do escotismo, de grupos, da vida de Baden-Powell, fotos e documentos antigos, etc; No grupo Métodos Educativos foram incluídos os temas técnicos, desde a forma de execução de determinado nó, até planejamento e administração de seções ou grupos, organização de distritos escoteiros, traduções de textos técnicos, comentários sobre manuais, etc; O grupo Notícia responde pelas postagens informativas, de assuntos gerais, eventos que estão acontecendo, novidades que foram lançadas, etc.

Foi arbitrada como data de corte o dia 22 de maio de 2018, quando o blog contava com 55462 visualizações e 170 postagens diferentes (incluindo as páginas).

Total de visualizações

Como a quantidade de postagens e páginas de cada área não é igual, foi realizada a divisão das visualizações pelo número de postagens de cada tema, para que se tivesse uma ideia da proporção das visualizações de forma mais ajustada.

Distribuição proporcional das visualizações em relação as áreas temáticas.

Outro viés desta análise é de que algumas postagens estão publicadas há bem mais tempo que outras e por isso poderiam contar uma quantidade de visualizações bem maior, todavia isso não foi observado. Pode-se afirmar que a permanência no ar aumenta pouco o número de visualizações. Sem dúvida é o interesse pelo assunto publicado que incrementa os acessos.

Se pode afirmar, baseado nos números encontrados, que o principal interesse do público que acessa esse blog é História, seguido por Noticia e o menor interesse é por Métodos Educativos, ou seja, assuntos técnicos e metodológicos são os menos procurados e visitados.

A título de curiosidade, foram listados as 15 postagens mais visitadas de cada um dos grupos:

Maiores visualizações em Notícia.

Maiores visualizações em História.

Maiores visualizações em Métodos Educativos.

Também listamos parte da lista geral, com os temas mais acessados:

Lista geral dos mais visitados (clique na imagem para ampliar).

Portanto, é possível concluir que os leitores deste blog tem fome de História, sede de Notícias e pouco apetite por temas técnicos.

Escoteiro de carteirinha

Apresentamos o documento de identificação escoteiro da Federação de Escoteiros do Brasil. O documento é de 1934.

 

Capa do documento

Ao abrir o documento, havia no interior uma grande folha, dobrada em quatro partes, para caber dentro da capa. A frente desta folha era destinada aos dados de identificação.

Documento aberto, com folha interna desdobrada

Folha de identificação

O Jovem Arnaldo Itamato, associado 283, pertencia a Associação Escoteiros de São Vicente de Paulo, na rua Mem de Sá 271, no Rio de Janeiro. Além de fotografia com carimbo sobreposto, há filiação, naturalidade, data de ingresso no movimento e local para endereço residencial.

Verso da folha interna – Paxtu da época

O verso da folha servia para registro da vida escoteira e do desenvolvimento físico do jovem, incluindo atividades, progressões, especialidades, etc., embora esta esteja em branco. Uma verdadeira Ficha 120 portátil, porque ficava junto ao documento de identificação, de posse do jovem. O precursor do Sigue – Paxtu!

Contracapa

Los Gordos e o Café da Junta

Por iniciativa e investimento do empresário Marcelo Geyer, o antigo casarão que abrigava o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Triunfo, RS, na rua Flores da Cunha, junto ao belvedére, de frente para o rio Jacuí, foi todo reformado e ganhou vida novamente.

Abriga o Café da Junta, uma cafeteria diferenciada, aberta durante o dia e um restaurante e choperia, chamada Los Gordos.

E o escotismo, razão de ser deste blog?

Bom, são quatro escoteiros do Chama Farroupilha 183 RS que trabalham no empreendimento.

É uma alegria imensa quando o chefe entra em algum lugar legal, bacana, descolado e encontra seus escoteiros trabalhando e fazendo acontecer.

Da esquerda para a direita: Wolnei Monteiro, que atende aos clientes; Mateus Ferrarese Tavares, chefe de cozinha (formado na Unisinos), liderando a cozinha; Daniel Henriques; e Bruno Dornelles Pereira, que permanece no grupo, na chefia da tropa escoteira. Todos foram membros juvenis em diferentes ramos, todos passaram pela chefia do grupo, participaram por muitos anos do movimento escoteiro, sendo que o Mateus foi Cruzeiro do Sul e o Daniel foi Insignia de B-P.

Temos uma patrulha trabalhando neste restaurante muito bacana. Sem dúvida, um sucesso! Obrigado ao Marcelo Geyer.

Fachada do Restaurante Los Gordos e do Café da Junta.

 

Portanto, se você visitar Triunfo, RS, conheça esse lugar e não deixe de dizer que você é escoteiro, porque estará entre irmãos, desde o atendimento, até o preparo da sua refeição.

Ah, e o chopp? Bom, o chopp você tem opções, onde a melhor é o chopp Tabacuda (IPA), produção de outro escoteiro e chefe do Chama Farroupilha, Tibério Kober.

Pessoalmente, reflito a minha felicidade e orgulho em ver “meus escoteiros” trabalhando juntos, homens honrados, dedicados, que valorizam o movimento escoteiro e a comunidade onde vivem e trabalham.

Esse é o salário do chefe, ver os escoteiros mudando o mundo diariamente.

Desfile Cívico, 1982, lembranças de Triunfo, RS

Triunfo foi um dos primeiros municípios do Rio Grande do Sul, sua igreja matriz é de 1754.

Até hoje é uma cidade pequena e ao longo de sua história, houve diferentes eventos que mobilizavam a comunidade. Por algumas décadas, os desfiles escolares na semana da Pátria eram muito esperados e todos se envolviam.

Em 1982 houve uma novidade, um grupo escoteiro viria desfilar na cidade. O Grupo Escoteiro Chama Farroupilha, que é o grupo da cidade de Triunfo, só seria fundado em maio de 1986. Todavia, alguns jovens da cidade como o Eduardo Freitas e o Luiz Carlos Borba Bonatto já haviam sido escoteiros anteriormente em São Jerônimo.

Triunfo recebeu a visita do Grupo Escoteiro Carajás, de São Jerônimo, fundado em 1967 e ativo até hoje, com o nome de Grupo Escoteiro do Mar Carajás 73 RS.

Junto com as fotos, faremos algumas relações históricas com os prédios que aparecem na rua, para as gerações mais novas de Triunfo se localizarem.

Abrindo o desfile.

A chefia dos Carajás levando as bandeiras, usando o uniforme social, com calça cinza e camisa azul mescla. A bandeira branca no canto direito é a bandeira do grupo, sendo conduzida pelo chefe Issac Castro, que era o Baloo. A bandeira preta e amarela mais ao centro é a bandeira do município de São Jerônimo, de onde procede o grupo Carajás, conduzida pelo chefe Terra.

Este desfile é na Av. Luis Barreto e a casa amarela bem ao fundo, na época era a Delegacia de Polícia e hoje abriga uma sorveteria. A casa antiga à esquerda, com janelas verdes, é onde está a Imobiliária Casarão e era a residência de Ignácio e Maria Emília Volkweis.

Segue a chefia com as bandeiras do Brasil conduzida pelo chefe Paulo Dill, do Rio Grande do Sul conduzida pelo chefe Vasco e bem a esquerda, a bandeira da tropa sênior.

A casa cinza-azulada, com duas janelas mais claras é onde hoje se localiza a galeria comercial, na esquina o grande casarão amarelo com telhado de zinco, da Dona Cema.

O desfile avança, agora já em frente ao Pólo Hotel.

Em primeiro plano, chefe Ernesto Roth, fundador do Carajás, chefe de grupo, usando gravata junto com o uniforme social, posicionado entre a tropa escoteira e a alcateia. Observar as marcações brancas no chão, que serviam para o posicionamento dos músicos da banda marcial.

Tropa escoteira avançando, onde se observa a bandeira da tropa, evoluindo em frente ao Pólo Hotel. Observar a quantidade de pessoas na rua, assistindo ao desfile.

Os desfiles eram temáticos e nesse o tema era “Ida para o acampamento”, portanto todos carregavam mochilas, pequenas barracas canadenses de lona, para duas pessoas, com panos abotoados, onde cada escoteiro transportava um dos panos, um dos pólos e um dos rabichos. Logo, cada um carregava metade da barraca.

Observar também que cada escoteiro da tropa portava um bastão escoteiro com um cabo falcassado no próprio bastão.

Escoteiros com bastão e cabo falcassado naquele, pólo da barraca atravessado na mochila, nas costas. Observar os distintivos de patrulha que os Carajás usavam naquela tempo, com uma fita de cada cor.

Ao fundo, com ripas verde-amarelas, o palanque oficial para as autoridades. Ao lado, a banda marcial do Exército posicionada neste momento na lateral. A banda também visitava a cidade porque não há quartéis em Triunfo.

O prédio branco com varanda na esquerda da foto e atrás dos músicos é o Clube Comercial Centenário, o prédio pequeno ao seu lado era o Posto de Saúde (Unidade Sanitária) que hoje não existe mais e o prédio maior, na sequência, marrom, é o supermercado Bonatto, que naquele tempo era Bregolin.

Alcateia evoluindo com bastão-totem a frente.

Detalhe do bastão-totem sendo conduzido por mim, em frente ao supermercado, bem próximo ao palanque. Neste ano, havia dois lobinhos de Triunfo que frequentavam os Carajás, além de mim, meu grande amigo e hoje apoiador do escotismo, Cláudio Cabral Fay de Azevedo Júnior.

Bons tempos estes.

3° Distrito Escoteiro: Grupos trabalhando muito

Em novembro de 2016 os grupos escoteiros do Mar Carajás, Presidente Costa e Silva, Cerro da Raposa, Jacuí e Chama Farroupilha iniciaram um novo momento de convivência e estruturação do 3° Distrito Escoteiro do RS, resgatando a vida distrital regular, com apoio mútuo e intensificação das atividades e contatos, buscando, principalmente, aproximar os jovens entre as cidades vizinhas, fortalecendo os laços de amizade e fraternidade.

Durante este ano que passou, estes grupos escoteiros realizaram diversas ações, dentre elas se destacam:

2016

– Início de novas atividades e formatação do Distrito em novembro de 2016.
– Indaba Distrital em São Jerônimo, dezembro de 2016.
– Definição de cargos e estrutura distrital, elaboração do calendário distrital para 2017.
– Criação de página no Facebook para o Distrito. https://www.facebook.com/3DistritoEscoteiro/
– Criação de lista de emails via Google Groups.
– Criação de grupo de Whatsapp do Distrito, criação de grupos menores por ramos.

2017

– Participação na Romaria de Santo Amaro, em General Câmara, 15 km de caminhada, dia 14/01, com 6 participantes.
– Participação conjunta na 1 Aventura Grega do G.E. Barbosa Lessa, de Camaquã, fevereiro de 2017.
– Participação de dois integrantes do Distrito no Seminário Regional de Comunicação, em Flores da Cunha.
– Participação na Assembleia Regional e Congresso, em Três Coroas.
– Realização do Concurso da Logo do Distrito.
– Realização do Workshop de Grupo Padrão, em Charqueadas.
– Indaba Distrital, em Charqueadas.
– Criação de Grupo de Interesse para reabertura do Grupo Escoteiro João Pellizzari de Almeida, em General Câmara.
– Reunião com vice-prefeito de São Jerônimo em abril, para tratar de assuntos de interesse do Escotismo.
– Participação no Congresso Nacional Escoteiro e Assembleia Nacional, em Goiânia.
– Visita ao Grupo Escoteiro Cerro da Raposa, em Arroio dos Ratos.
– Visita, junto com representantes da Direção e Escritório Regionais, ao vice-prefeito de São Jerônimo.
– Reunião com Secretário de Educação da cidade de General Câmara.
– Visita ao Grupo Escoteiro Presidente Costa e Silva em Taquari
– Palestra informativa Vamos Falar de Escotismo, em General Câmara,
– Visita ao Grupo Escoteiro do Mar Carajás, em São Jerônimo.
– Reunião para eleição de comissão provisória do Grupo Escoteiro João Pellizzari de Almeida.
– Reunião de Coordenadores Distritais, primeiro semestre, em Porto Alegre.
– Rapel do ramo sênior no Morro da Cabrita.
– Reunião conjunta de grupos do Distrito em General Câmara, na praça, para divulgação do Movimento Escoteiro.
– Reunião de planejamento do acantonamento distrital do ramo lobo.
– Acantonamento Distrital, ramo lobinho, em Triunfo.
– Desfile 7 de setembro, em Arroio dos Ratos.
– Desfile 20 de setembro, em Triunfo.
– Reunião com pais, Grupo Escoteiro Cerro da Raposa.
– Reunião de Coordenadores Distritais, segundo semestre, em Porto Alegre.
– Reunião preparatória para o Elo Nacional, em Triunfo.
– Elo Nacional, em Charqueadas.
– Jantar de comemoração dos 35 anos de fundação do Grupo Escoteiro Jacuí, em Charqueadas.
– Indaba Distrital em Taquari.
– Cerimônia de condecoração do chefe Cérgio Carvalho em Charqueadas.
– Palestra informativa Vamos Falar de Escotismo, em Butiá.

O calendário de 2018 já foi elaborado e está cheio de atividades. Os grupos seguem trabalhando para fortalecer o escotismo nesta área do Rio Grande do Sul.

 

36 anos, passou voando…

Normalmente não faço publicações absolutamente pessoais neste blog, exceto sobre opiniões, mas hoje fujo a regra e comemoro aqui 36 anos de promessa!

Trinta e seis anos de escotismo, intensos, vividos na tropa, na seção.

24 de outubro de 1981, sábado, em São Jerônimo, RS. Observado pelo meu avô, chefe Ernesto Roth.

Eu gostei. Agora posso acompanhar minhas filhas, que são lobinhas, na caminhada delas, até que iniciem a remar a própria canoa, quando minha missão estará cumprida.

Um pouco do que fiz neste tempo, está descrito em https://chamaescoteira.wordpress.com/vida-escoteira/

 

Alcateia: Chaves para o Sucesso

Dentre o material oferecido para estudos pela The Scout Association, há um texto que analisa uma pesquisa por eles contratada para avaliar a situação do ramo lobinho.

O artigo é muito rico, está escrito para a realidade britânica mas há muitas informações que podemos transpor diretamente para a realidade brasileira. Em uma tradução livre, sem compromissos acadêmicos, segue o texto abaixo.

 

Documento  original: Keys to developing the Cub Scout section, Agosto, 2012, disponível em https://members.scouts.org.uk/documents/Keys%20to%20developing%20the%20Cub%20Scout%20section.pdf

 

Chaves para o desenvolvimento da alcateia

Este documento contém um resumo do relatório “Superando as barreiras para o crescimento do lobismo” (Overcoming the barriers to the growth of Cub Scouting), produzido por nfpSynergy em junho de 2012, de acordo com suas pesquisas e descobertas sobre o ramo lobinho.
Ele também sugere alguns ganhos rápidos e ações locais, baseados naquelas descobertas e recomendações sobre como se pode continuar crescendo e melhorar a seção, podendo, então, mais crianças desfrutarem do ramo lobinho.

Introdução

Referências
Durante os últimos 10 anos a “The Scout Association” tem monitorado as taxas de crescimento​ da organização. Um grande volume de evidências estatísticas e empíricas destacam a dificuldade de retenção para os lobinhos. Várias preocupações surgiram, incluindo:

  • Perda dos lobinhos mais velhos, em torno de 9 anos.
  • Perda dos jovens que deixam a alcateia aos 10,5 anos mas não viram escoteiros.
  • Crescimento em números da alcatéia não acompanha os demais ramos. Está crescendo mas em passos lentos.
  • Crescimento se reduz ao longo do tempo, ou seja, o ramo continua crescendo mas cada ano com uma taxa menor.
  • O número absoluto de lobinhos continua a ser menor agora do que era no pico da popularidade do ramo.

Esta preocupação sobre a saúde do ramo lobinho está dentro do contexto de anos fortes e positivos para o escotismo no Reino Unido, com crescimento expressivo, após a grande revisão de programa escoteiro, concluído em 2002. A pesquisa patrocinada pela The Scout Association também destacou o impacto positivo que o movimento tem em seus membros, voluntários e na comunidade em geral.
A Associação, contudo, quer entender a origem destes desafios de crescimento para o ramo lobinho em particular, desde que este ramo é o maior dentro do movimento e qualquer declínio em seus membros poderia levar a uma queda mais ampla de todo o efetivo.

Estrutura do projeto e metodologia de pesquisa

A nfpSynergy completou uma pesquisa de 3 estágios:

  1. Identificação do problema; questionamento dos dados do censo escoteiro.
  2. Capitalização do trabalho prévio e identificação de falhas do conhecimento; reanálise a revisão do trabalho prévio.
  3. Geração de novas visões; pesquisa qualitativa original com os jovens, familiares e líderes (chefes). Grupos focados e entrevistas realizadas pelo Reino Unido.

Resultados

Visão Geral
Primeiramente, é importante ressaltar que essa pesquisa destacou o quanto a experiência de ser lobinho (ou participar em qualquer outro ramo do escotismo) é positiva e valiosa para os jovens do Reino Unido. Quando a combinação certa de fatores vem junto, o resultado não é somente uma tarde divertida, mas a ampliação dos horizontes para os membros e a chance de desenvolver experiências, interesses, um novo grupo de amizades e uma ocupação para a vida toda. Uma tarde boa nos lobinhos pode ser tão variada como: sentar ao redor da fogueira cozinhando, tentar escalar (ou qualquer outro objetivo) pela primeira vez, jogar ao ar livre após um longo dia trancado dentro da escola, aprender a cozinhar, trabalhar como um time para um prêmio… e a lista segue.
Contudo, a análise dos dados da The Scout Association confirma a preocupação de que o ramo lobinho está crescendo mais lentamente que as outras partes do escotismo, e mais especificamente de que um desafio com os membros de 9 anos surgiu, mais notadamente em 2011. Esta pesquisa mostra que há uma ampla gama de itens que pode estar influenciando isso.

  • Estatísticas da população nacional indicam um declínio das taxas de nascimento que podem ser a raiz do problema: menos crianças nasceram nove anos atrás que nos anos prévios e, então, existem menos lobinhos potenciais e reais. (Nota do Tradutor: dados do Reino Unido)
  • Pesquisas sobre o desenvolvimento infantil e como os jovens gastam seu tempo livre mostram o quanto vulnerável esta faixa etária é, neste estágio chave do seu desenvolvimento. Apesar de mais crescimento que as gerações prévias, nós devemos observá-los.
  • Foi aprendido com os entrevistados que alguns pontos chaves devem ser colocados para que a experiência nos lobinhos seja positiva. Quando estes fatores estão presentes, você terá um lobinho feliz, que está envolvido e que será um escoteiro. Quando estes fatores estão perdidos, então há uma forte chance do lobinho partir. Rapidamente: A maioria dos fatores que motivam um lobinho a permanecer são o lado oposto daqueles que o levam a deixar a organização.

O que isso significa é que para parar o declínio do efetivo de lobinhos e garantir crescimento futuro, o Movimento precisa assegurar a realização de certos pontos chaves:

  • Bons chefes, que sejam divertidos, engajados e tenham experiência de liderança para administrar um grande grupo de 8 a 10 anos de idade (N.T. – idade do ramo no Reino Unido)
  • Um programa de atividades divertido e desafiador. Isto inclui abundância de tempo gasto externamente, tanto nos encontros semanais quanto no campo.
  • Programa oferecido precisa garantir variação, ser prático e os chefes devem ser abertos ao retorno oferecido pelos jovens.
  • Comunicação bem administrada entre chefes, lobinhos e pais. The Scout Association também tem um papel aqui como uma rede segura se todos os outros canais de comunicação falharem.

Há outros fatores que a associação escoteira precisa estar atenta e que podem ter impacto no efetivo:

  • Envolvimento familiar: isto pode tanto encorajar a participação como garantir envolvimento contínuo
  • Outros passatempos: há muita competição por outros passatempos, mas flexibilidade e boa comunicação da parte dos líderes pode prevenir isto de se tornar crítico.
  • Amigos e socialização são centrais para uma experiência de lobinho ser positiva. Infelizmente, se um amigo deixa um grupo, isto pode levar a partidas.
  • Escotismo mantém uma imagem tradicional. Para alguns, isto pode ser uma barreira, especialmente quando os lobinhos ficam mais velhos.

Análise do censo

Analisando-se os dados do censo, notra-se particularmente que:

  • Número de lobinhos está crescendo desde 2006, seguindo um declínio desde 2002.
  • Em 2011, houve uma queda de 2% nos lobinhos com 9 anos de idade.
  • Médias de retenção estão aumentando para 9 e 10 anos.
  • Desde 2002 a percentagem de membros que são mulheres está crescendo, exceto no ramo pioneiro.

Olhando os 10 anos do censo, o cenário para o ramo lobinho pode ser visto como positivo: número total de membros continua a aumentar e a queda de associados lobinhos e escoteiros está também diminuindo. Outros ramos do escotismo também experimentam crescimento. Também vale a pena notar que o crescimento é muito mais representativo em termos de sexo: pelo período total coberto por esses dados, o número e percentagem de mulheres aumentou em todas os ramos de Castores a Sêniores/Guias. Interessantemente, a transição de lobinho para escoteiro verdadeiramente resulta em um aumento de membros femininos, em todos os anos desde 2002.
Contudo, a análise dos dados do censo da associação escoteira demonstrou que o ramo lobinho está crescendo mais lentamente que os outros ramos. Ainda mais, há também uma diminuição no número de membros com 9 anos em 2011. Enquanto isto é uma pequena diminuição de 2 %, dado que isto é associado com a diminuição da taxa de crescimento do ramo lobinho em geral, se conclui que isto é motivo de preocupação e atenção para a The Scout Association.

Tendências Demográficas

A análise da tendência demográfica dos últimos 10 anos indica que a The Scout Association fez um bom trabalho de aumento de efetivo entre os lobinhos de 9 anos no período de 2007-2010, uma vez que esse grupo etário estava diminuido em números neste mesmo período. 2011 foi o ano que a população de 9 anos atingiu seu ponto mais baixo, talvez explicando porque The Scout Association viu seus membros de 9 anos declinar especificamente naquele ano.
O efetivo de 9 anos no Reino Unido está crescendo de 2012 em diante. Contudo, será importante para The Scout Association continuar mapeando seu número de membros contra os dados populacionais para entender quando aumentos e diminuições no efetivo podem ser em parte explicados por mudanças na população do Reino Unido. Mais, a Associação precisará aumentar o número de chefes, então a oportunidade para ingressar está disponível.

Reanálise do trabalho prévio

Pais de jovens passados dos 8-10 anos não parecem ter nenhuma outra reclamação que seja diferente de outros pais de outros membros – fatores tais como impacto na vida da família, horários dos encontros, custos e distâncias percorridas não parecem ser mais do que um item nesse grupo do que para qualquer outros pais. De fato, seu nível de descontentamento é levemente menor que a média. Contudo, não há indicação de que a vida dos pais de lobinhos seja especificamente proibitiva pelo envolvimento de suas crianças com o escotismo (e.g. porque sendo uma família mais jovem, terá responsabilidades adicionais no cuidado de crianças).

Gerando novas perspectivas através da pesquisa qualitativa

Esta seção do relatório o leva através dos resultados encontrados na pesquisa de campo qualitativa realizada através do Reino Unido em março e abril de 2012. Durante as fases iniciais do projeto, foi identificado uma variedade de fatores que parecem ter impacto para que um jovem continue envolvido no escotismo. Neste terceiro estágio, se objetivava testar estes fatores e gerar novas perspectivas em porque alguns jovens continuam membros do escotismo enquanto outros saem. Foi conversado tanto com membros atuais como com antigos participantes, para comparar o contraste entre suas respostas e entender melhor as diferenças nas experiências. Também foram conduzidos grupos focados de pais de membros e antigos membros e foi adicionado outra camada de investigação e análise.

Chefes (Fator de influência importante)

A análise indica que os líderes são um dos principais fatores críticos em o jovem ter uma experiência positiva no escotismo. Durante a pesquisa, foi falado com alguns jovens e pais que pararam de aproveitar sua participação no ramo lobinho e escoteiro por cause de um chefe fraco ou por cause de um conflito com um líder. Muitos jovens expressaram sua impressão negativa dos seus chefes os descrevendo como “gritão”. Isto está conectado com o desafio de manter o nível certo de disciplina.

Prazer – Uma coisa que foi descoberta como realmente importante – chefes precisam estar aproveitando eles mesmos também. Antigos lobinhos estavam bem conscientes que seus chefes não estavam aproveitando eles mesmos. É importante que o ramo lobinho não se torne como a escola para as crianças e também importante que ser um chefe não se torne como o trabalho para o voluntário.

Apoio – É também importante que lobinhos se sintam apoiados e encorajados, ao invés de julgados e criticados. Nas discussões com pais e crianças pintam um quadro do ramo lobinho como uma oportunidade para os jovens desenvolverem, testarem limites e experimentarem atividades pela primeira vez. Membros atuais falam sobre o escotismo como um lugar onde você não é julgado, em absoluto contraste de alguns antigos lobinhos que não se sentiram apoiados pelos seus chefes.

Equipes de chefes – É importante que o Akelá seja apoiado por uma boa equipe de chefes e pelo Diretor de Escotismo do Grupo. É também vitalmente importante que existam chefes suficientes para cada grupo e uma sólida infraestrutura de apoio. Isto habilita os chefes a darem atenção individual quando necessário, alivia um pouco da pressão e também significa que assuntos de disciplina podem ser enfrentados sem que todo o grupo seja atrasado. Chefes entrevistados destacaram a importância do engajamento dos pais no sentido de haver apoio adulto adequado para a efetiva administração da alcateia.

Disciplina – Foi claro na pesquisa que pouca disciplina pode ser um grande fator de impacto negativo na apreciação de um jovem pelo ramo lobinho. Mas também é vital que não se torne tão rigorosa. Alguns chefes reconhecem que lobinhos devem ser diferente da escola e enquanto pouca disciplina possa estragar a experiência de alguns, reuniões não devem se tornar tão rigorosas. Pais entrevistados frequentemente destacam como constrangidos as crianças eram na escola e que os lobinhos precisam oferecer uma oportunidade para soltar a pressão.

Características de um bom lider – Então, quais são as características de um bom chefe que aprendemos nesta pesquisa? Aqui está uma lista dos mais importantes atributos de um Akelá:

  • Eles precisam ser gentis e compreensíveis.
  • Atitudes razoáveis quanto a disciplina – eles não devem explodir quando uma criança faz alguma coisa errada.
  • Devem ser bons em comunicação tanto com os lobinhos quanto com seus pais.
  • Eles devem ser entusiasmados quanto ao escotismo e oferecer um programa variado.
  • Organizado, em particular quanto aos distintivos, registro de atividades e passagem de ramos.
  • Cheio de energia
  • Sensível as necessidades dos diferentes membros (mais jovem/mais velhos, tímido, confidente)
  • Eles precisam ter experiência e/ou treinamento para administrar um grande grupo de jovens cheios de energia.
  • Eles devem ser divertidos!

 

Aplicação do Programa (Fator de influência importante)

 

É importante não esquecer que bom conteúdo sozinho não envolve crianças – o material precisa ser oferecido de uma maneira envolvente. É vital que os chefes ofereçam o programa de forma envolvente e prática e não no formato de uma palestra. Assim como oferecer o programa lobinho de forma de maneira prática, os chefes também precisam ser flexíveis na forma como abordam a oferta do programa. Eles precisam ser ambos desafiadores e aptos a fazer mudanças no programa e até sair do programa para enfrentar a realidade da situação de sua alcateia.

A importância de ser responsivo as necessidades de seu grupo de lobinhos está conectado com outro aspecto importante de uma boa aplicação de programa que foi ouvida em diferentes respostas – abertura ao retorno das crianças na preparação da estrutura do programa. Os chefes com quem conversamos e que estavam administrando alcateias bem sucedidas regularmente consultam as crianças sobre o que eles apreciam ou não. Pais também observam como um atributo positivo o fato do chefe das crianças considerar seus pontos de vista. Há um balanço a ser atingido aqui – Os lobinhos não podem determinar o programa inteiro de sábado a tarde nem seus interesses e ideias podem ser ignorados.

Os lobinhos passam dois anos e meio (no Reino Unido) como membros de suas alcateias e é importante que haja diversidade suficiente nas atividades que eles praticam durante esse período de tempo. Se os lobinhos voltam toda a semana para jogar os mesmos jogos, ou se os chefes fazem as esmas atividades e distintivos todos os anos, os lobinhos ficaram entediados. Foi ouvido de alguns entrevistados que fazer as mesmas coisas toda a semana, como jogar determinado jogo todas as vezes é motivo para o seu desinteresse pelos lobinhos. Do outro lado, os pais de lobinhos explicaram que suas crianças gostam de continuar participando toda a semana porque eles sabem que jogarão jogos diferentes e experimentarão atividades novas cada vez.

 

Conteúdo do Programa (Fator de influência importante)

 

A pesquisa indicou que há uma gama de ingredientes vitais para oferecer aos lobinhos o tipo de engajamento que fará com que com que continuem voltando semana após semana.

 

Desafio e conquista – os jovens entrevistados eram muito satisfeitos em contar sobre os distintivos que eles conquistaram, os prêmios que receberam e as atividades desafiadoras que eles praticaram enquanto membros dos escoteiros. Alguns dos lobinhos explicaram que eles realmente desfrutavam dos aspectos divertidos dos Castores e Lobinhos mas em dado momento ficaram aborrecidos porque não estavam conquistando distintivos suficientes ou não tinham objetivos para trabalhar.

 

Distintivos – Os entrevistados explicaram como se sentiram inspirados por outros lobinhos que viram com muitos distintivos e tiveram um real sentimento de conquista ao completarem as tarefas necessárias para receberem um distintivo. Contudo, é importante para o jovem entender porque ele está fazendo uma tarefa ou conquistando um distintivo. O que é vital é que os chefes sejam organizados no processo dos distintivos, senão os lobinhos ficarão frustados e até perderão interesse em se esforçar pelos distintivos. Alguns lobinhos antigos estavam decepcionados porque eles haviam feito o trabalho de casa  para ganhar os distintivos mas seus chefes haviam esquecido na semana seguinte.

Diversão – Um aspecto vital importante dos Lobinhos é o fato de não ser como a escola. Após um dia de rotinas escolares, regras e restrições, as crianças estão prontas alguma coisa diferente e especialmente mais divertida. Pais são interessados que os Lobinhos permitem que as crianças  tenham diversão e participem em atividades em equipe. Lobinhos deveriam estar brincando na neve no inverno, enquanto isso na escola algumas vexes é contra as regras; Uniformes dos lobinhos devem precisar claramente ser lavados após uma reunião, a Toca dos Lobos ruidosa, com o som de crianças barulhentas se divertindo enquanto na escola, ser barulhento leva a uma repreensão.

Experimentar coisas novas – Enquanto é verdade que muitas crianças entrevistadas participam de uma ampla variedade de atividades extraclasse (desde kickboxer até teatro amador), o Escotismo realmente tem uma forte vantagem por causa da variedade que oferece aos seus membros. Na verdade, para muitas crianças é durante os Lobinhos que eles experimentam pela primeira vez certas atividades que acabam se tornando hobbies para toda a vida.

Atividades externas e acampamento/acantonamento – Foi ouvido de muitos entrevistados como passar o tempo em atividades externas é popular para os Lobinhos. Como um mais jovem explicou, estar na rua é inerente aos Lobinhos. Contudo, é importante notar que uma experiência positiva em atividades externas para lobinhos não precisa algo complexo como uma tarde de sobrevivência no estilo Bear Grylls. Muitos destacaram o prazer em uma grande variedade de atividades externas: jogar na rua, cozinhar na fogueira, aprender como acender um fogo, ir na floresta, jogar tacos. Acampar é um parte particularmente importante da experiência externa, e para muitos jovens é a melhor parte do Escotismo.

Comunicação (Fator de importância médio)

A comunicação apareceu como um tópico importante durante as discussões e foram identificados desafios em vários níveis. A comunicação se torna o mais importante tópico quando a perspectiva de deixar o escotismo aparece no horizonte, assim como a boa comunicação entre pais, lobinhos e chefes pode varrer qualquer problema. É particularmente importante que existam bons canais de comunicação entre pais e chefes.

Mudança de ramo (Fator de importância médio)

 

Comunicação sólida é particularmente importante quando jovens estão mudando entre os diferentes ramos do escotismo. Contudo, há uma gama ampla de outros tópicos relacionados a mudança de ramo que também podem ter impacto positivo ou negativo na experiência que o jovem tem no escotismo. Infelizmente, foram entrevistados alguns jovens porque a transição foi pobremente manejada..
Assim como informações adequadas devem ser fornecidas, também é importante que a passagem ocorra no momento adequado. Amplamente, há duas abordagens: tanto passar lobinhos como um grupo para os escoteiros ou fazer isso individualmente quando estiverem prontos. Esta abordagem mais tardia parece ser mais apropriada, dado o retorno fornecido por alguns chefes e os resultados desta pesquisa relacionados ao desenvolvimento da criança.

 

A Toca dos Lobos/Sede (Fator de influência pequeno)

 

Alguns chefes mencionaram sua grande sede como fator de sucesso nos seus grupos, enquanto outros destacaram os desafios que eles encontraram por não controlarem sua própria sala. Uma das descobertas desta pesquisa é que muitas crianças que entram para os lobinhos estão esperando e em busca de aventura e diversões externas.       Infelizmente, muitas sedes não tem espaço externo, o que torna difícil atender amplamente a expectativa das crianças. Infelizmente, nem todos os grupos cumprem a promessa externa.
O que se aprendeu disso é que enquanto a sede por si só não aparece como um fator crítico para as crianças deixarem os lobinhos, se ela não permite ou até evita que os Lobinhos passem tempo em atividades externas, envolvidos em atividades aventureiras, isso pode levar a uma diminuição do interesse e entusiasmo.

Amigos (Fator de Influência importante)

Amigos aparecem como um fator mais importante que a família. Frequentemente as crianças são  inspiradas para entrar para os escoteiros por um de seus amigos e amigos foram obviamente mencionados por muitos jovens como sua parte favorita de ir para os Lobinhos. Pais percebem o real valor nesta oportunidade de socialização e estabelecer amizades, particularmente se suas crianças tem dificuldade em fazer amigos na escola ou enfrentam bullying.
Alguns ex-lobinhos explicaram que continuariam no movimento se seus amigos não  tivessem decidido sair. O risco é particularmente alto quando os lobinhos se tornam mais velhos, outros amigos podem deixar porque são muito velhos e os deixam em uma alcateia com lobinhos muito mais jovens que não estão interessados em fazer amizade.

 

Família (Fator de influência médio)

 

Envolvimento familiar é um fator de proteção para o envolvimento juvenil no escotismo – uma criança é mais suscetível a entrar e a permanecer envolvida no Escotismo se um dos pais ou irmão está também ligado de alguma maneira ao movimento.

Os pais são também o ponto chave para a decisão de uma criança deixar de participar do escotismo ou de qualquer outra atividade de tempo livre. Foi identificada uma diferença entre os pais de lobinhos e de escoteiros nesta pesquisa, com os pais de escoteiros deixando a decisão de continuar participando ou não muito mais nas mãos das suas crianças.      Contudo, os pais de lobinhos são mais sujeitos a encorajar seus filhos a continuar seus envolvimentos em uma ampla variedade de atividades, vendo o valor de tentar uma gama de hobbies e esportes enquanto jovens.

 

Outros hobbies (Fator de influência médio)

 

Quando se conversa com jovens sobre como eles gostam de usar seu tempo livre, a completa variedade de respostas ouvidas é impressionante. Um número afirmou que a decisão de deixar os lobinhos estava relacionada com um conflito com outro hobby. Um achado positivo da pesquisa é que para muitos pais o Escotismo é um forte competidor para as outras atividades oferecidas. Especialmente: Escotismo é mais estruturado, é planejado e bem organizado, a liderança é forte, o elemento de competição é visto como importante e o fato de que contribui para a comunidade é considerado positivo.

 

A imagem do escotismo (Fator de influência pequeno)

 

A pesquisa conduzida pela nfpSynergy sobre como a marca “The Scout Association” é percebida pelo público em geral indica que a organização ainda tem uma reputação tradicional. Isto também apareceu durante este projeto de pesquisa particularmente  quando conversando com os pais. O reconhecimento dos pais de uma imagem fora de moda e nerd realmente atua como uma barreira para manter o envolvimento de algumas crianças, com isto se tornando uma ameaça em particular quando eles estão perto do ensino médio.

Um número de lobinhos e ex-lobinhos que entrevistamos expressou seu desconforto com a imagem do Escotismo, explicando que eles não gostam do uniforme. Contudo, é importante notar que as opiniões são divididas no quesito uniforme – muitos afirmaram que gostam de usar o uniforme, particularmente porque se sentem parte de uma comunidade.Em geral, o retorno dos pais indica a necessidade de flexibilidade e compreensão por parte dos chefes quando se refere a uniformes, especialmente quando os lobinhos ficam mais velhos.

 

Conclusões

 

É importante iniciar a seção final deste relatório destacando o real calor do sentimento que existe para o Movimento Escoteiro. Conduzir este projeto de pesquisa foi um verdadeiro prazer para esta equipe, uma vez que tivemos oportunidade de conversar com jovens (Lobinhos, escoteiros e seniores/guias), seus pais e chefes e ouvir sobre a importante contribuição que o escotismo fez para suas vidas. Esta contribuição varia desde a oportunidade de fazer amigos além do stress da escola até experimentar uma atividade que vira um hobby para toda a vida.

O que se encontrou nesta pesquisa foi que quando o Lobismo é feito certo, não há nada parecido para os jovens. Em termos de experimentar novas atividades, testar a si mesmo, fazer amigos e desenvolver a personalidade, como o resto do escotismo, o Lobismo é verdadeiramente único.

Contudo, também foram encontrados jovens e pais que decidiram deixar os Lobinhos por que eles estavam infelizes com alguns aspectos de sua experiência. Foi encontrado nesta pesquisa que a raiz para a insatisfação era a causa principal para o Lobismo não cumprir sua promessa (ou não atender as expectativas que os jovens tinham). Os fatores críticos mais importantes que o Escotismo tem que controlar são (iniciando com o fator de maior importância):

  • Os chefes
  • Aplicação do programa
  • Conteúdo do programa
  • Comunicação
  • Bom manejo das passagens de ramo
  • A sede (ambiente físico)

Também foram encontrados fatores adicionais que podem contribuir para tanto para a criança ficar como para a criança sair. Sobre estes fatores, a associação escoteira tem menos controle mas é importante estar atento que eles tem um papel importante em se o lobinho permanece ou não envolvido com o movimento. É útil notar que eles, em geral, são de menor importância que os fatores mencionados acima:

  • Amigos
  • Família
  • Outras atividades
  • Imagem do escotismo

 

Ação Local

 

     nfpSynergy afirma que “Nossa pesquisa não indica que a The Scout Association precisa revolucionar o que oferece para os Lobinhos, para ir ao encontro de uma geração em mudanças. Nós recomendamos, ao invés, que a The Scout Association foque em garantir que os grupos escoteiros pelo país estão melhor aplicando o programa existente”.

Há uma variedade de áreas onde a associação pode fazer uma real diferença, oferecendo comunicação ativa, apoio e acrescentando trabalho em planos de desenvolvimento local.

 

Chefes

 

Um foco em garantir que as pessoas certas estejam nas funções corretas é particularmente importante na Alcateia. Por favor, encoraje e apoie os dirigentes e realizar revisões dos registros e descolar os chefes de lobinhos para as funções que são mais aptos. Procure por material atualizado para apoiar a revisão dos processos. especialmente para fundamentar revisões difíceis.

Flexibilidade das equipes de chefes é a chave para ter certeza de que todas as características positivas de um chefe de lobinhos estão presentes – um chefe não tem que ser um especialista em tudo. Você pode ajudar promovendo um voluntariado flexível, como dividindo funções, compartilhando tarefas em uma equipe de chefes e assistentes, atividades de apoio e envolvimento de pais como apoiadores ocasionais.

O apoio e treinamento dado a novos chefes é uma área onde se tem a oportunidade real de influenciar a direção futura da Alcateia de uma maneira positiva. Certifique-se que novos chefes podem acessar material de formação de qualidade.

 

Programa

 

Chefes precisam oferecer um programa divertido, excitante e desafiador no sentido de reter os jovens, particularmente os lobinhos mais velhos.

Programas devem variar para se manter interessantes, tanto para os lobinhos quanto para os chefes. Na alcateia , muitos chefes continuam planejando um programa de rotação bianual que algumas vezes pode se tornar antigo com o tempo. Confirme que o apoio ao programa planejado está disponível, e estimule os chefes a tentarem coisas novas.

Lobinhos devem passar aproximadamente 50 % do tempo em atividades externas. Isto envolve coisas simples como jogos, caminhadas ou Flor Vermelha. É especialmente importante realizar atividades externas nos meses de inverno e estimular as pessoas a compartilhar ideias.

Lobinhos precisam ser desafiados e querem receber distintivos. Todos os lobinhos devem ser encorajados a conquistar os distintivos de progressão, é um mito que restringir o número de jovens que recebem a distinção aumenta seu valor. A distinção é valiosa para cada um dos jovens porque é a sua conquista pessoal.

 

Comunicação

 

Estimule, e se possível ajude a facilitar, comunicação frequente e efetiva entre chefes e pais. Isto é especialmente importante na passagem de ramo e encontre soluções flexíveis para permitir que os jovens continuem participando do escotismo se eles também quiserem fazer outras atividades extracurrículares.

Garanta que as preparações para as passagens de ramo estão bem administradas. Chefes devem saber quem contatar nas outras seções nos seus grupos e nos grupos próximos. Jovens devem trocar de seção no ponto que for mais apropriado para eles, ao invés do momento que for mais conveniente para o chefe. Pais e jovens devem poder escolher entre seções que se reúnam em horários e dias diferentes, e receber informações sobre grupos diferentes onde isto for útil.

 

 

 

General Câmara, avançamos para reabrir o G.E. João Pellizzari de Almeida

No sábado, dia 1°. de julho, pela manhã, o 3° Distrito Escoteiro do RS realizou na cidade de General Câmara, a Palestra Informativa para a comunidade local.

Houve a presença do Prefeito Municipal, do Secretário de Educação e demais personalidades da cidade. Representações dos grupos escoteiros de Triunfo (Chama Farroupilha), Charqueadas (Jacuí), São Jerônimo (do Mar Carajás) e Arroio dos Ratos (Cerro da Raposa) possibilitaram que a grande quantidade de pessoas presentes pudessem visualizar o escotismo nesta região e se sentissem motivados a reabrir o grupo da cidade, fechado há muitos anos.

Como resultado, já temos marcada para o próximo dia 15 de julho, sábado, às 9 horas da manhã, no ginásio municipal, a reunião para a criação da Comissão Provisória para reabertura do grupo.

Foi uma manhã muito gratificante e promissora, o agradecimento para todas as pessoas que participaram ou contribuíram para este momento fica aqui registrada.

Palestra sendo apresentada

Vista parcial da plateia presente

Outra visão do público

Parte da chefia do 3° distrito presente, secretário de educação e colaboradoras.

Dona Rita, filha de João Pellizzari de Almeida, prestando depoimento sobre o escotismo em General Câmara.

Chefe Élvio, representando o G.E. do Mar Carajás, de São Jerônimo.

Chefe Luis Antônio, representando o G.E. Cerro da Raposa.

Chefe Fernando, representando o G.E. Jacuí

Chefe Mateus falando em nome do G.E. Chama Farroupilha

Indaba do 3°. Distrito Escoteiro do RS

Relatório da Indaba do 3°. Distrito Escoteiro do RS:

Realizada em 02 de maio de 2017, na sede do Grupo Escoteiro Jacuí, em Charqueadas, que gentilmente acolheu o evento e a todos os presentes, com 12 participantes, dentre tantos assuntos, segue a pauta trabalhada na reunião.
– Apresentado relatório e avaliação das atividades e ações distritais realizadas de dezembro de 2016 até o momento.
– Reforçado o concurso da Logo do Distrito que está em andamento, aguardando votação dos grupos até o dia 28 de maio.
– Nas reuniões por grupos escoteiros foi revisado a estrutura distrital e funções com a substituição de alguns chefes e indicação do Mobilizador Distrital para o Joti, que será o pioneiro Henrique Tavares Schubert.
– Nas reuniões de ramos, foi adequado o calendário distrital, com correção de datas e definição de locais das atividades, conforme quadro abaixo.
– Foi apresentada a nova insignia de interesse especial ainda em formulação pelos Escoteiros do Brasil, a Insignia do Saber.
– Informou-se sobre novas ações de visibilidade adotadas pelos Escoteiros do Brasil e a divulgação do escotismo como instituição de Educação e a importância do reforço deste entendimento.
– Explicações sobre a atividade EducAção Escoteira, seus objetivos, dinâmica, etc., a ser realizado anualmente no terceiro sábado de maio.
– Destaques para normas do Estatuto da UEB, que exige uma Assembleia Anual de grupo e o interesse do Coordenador Distrital de visitar a Assembleia dos Grupos para divulgar o escotismo junto as famílias dos grupos, atuando como um facilitador e um representante do Escotismo de fora da comunidade (artigo 34). Também destacado a necessidade enviar o calendário anual de grupo (artigo 36).
– Divulgado o Encontro Regional de Dirigentes, a ser realizado em 3 de junho de 2017, em Porto Alegre.
– Revisado o banco de ideias do distrito, já apresentado na primeira indaba.
– Distribuição da literatura escoteira aos grupos presentes, adquirida com o fundo distrital.
– Aguarda-se a indicação de um nome de cada grupo escoteiro para a equipe de comunicação do 3°. Distrito.

Calendário de atividades para 2017:

04 e 05/03 – Congresso Regional – Três Coroas
06 a 28/05 – Concurso da Logo do Distrito

25/03 – Workshop Grupo Padrão – Charqueadas
21 a 23/04 – Congresso Nacional – Goiânia
01/05 – Reunião Coordenadores Distritais – Porto Alegre
02/05 – Indaba Distrital – Charqueadas
10/06 – FUTPIO – Ramo Pioneiro – Triunfo
08/07 – Rapel Morro da Cabrita – Triunfo
07/09 – Desfile cívico – Todos – Charqueadas
09 e 10/09 – Acantonamento – Ramo Lobinho – Triunfo
20/09 – Desfile cívico – Todos – Triunfo
24/09 – Reunião Coordenadores Distritais – Porto Alegre
07/10 – Encontro de Graduados, ramo escoteiro – Triunfo
28 e 29/10 – Elo Nacional – Todos – Charqueadas
11/11 – 2° APOIAR – Ramo Pioneiro – Arroio dos Ratos
11/11 – Jantar de Aniversário G.E. Jacuí – Charqueadas
25/11 – Indaba Distrital – 9 horas – Taquari

Cerimônia de Bandeira

Dinâmica de integração

Divisão da literatura para os grupos escoteiros

Grupos de trabalho em discussão, nosso comunicador distrital, Alex Castro, fazendo a documentação oficial do evento.

Grupo Padrão – Algumas reflexões

    A premiação de Grupo Padrão atinge doze anos de existência nos Escoteiros do Brasil, se considerarmos esse modelo atual. Houve avanços e aperfeiçoamentos, onde a migração integral para dentro do Sistema de Informação e Gerenciamento de Unidades Escoteiras (Sigue), com a abolição dos formulários em papel foi o mais relevante, mas entendemos que novas modificações poderiam ser implantadas. Não se trata de aumentar a pontuação para obtenção dos graus, mas de pulverizar as possibilidades para essa conquista.

     Estas observações se baseiam em 10 anos de experiência do Grupo Escoteiro Chama Farroupilha 183 RS em concorrer ao prêmio e sempre obter ao longo dessa década o grau Ouro, sendo o segundo grupo escoteiro do Rio Grande do Sul mais laureado. Em primeiro lugar está o Grupo Escoteiro Jacuí 33 RS que sempre foi Ouro nos 12 anos, padrinho do Chama Farroupilha. Ambos fazem parte do 3º. Distrito Escoteiro do RS. Pensamos que está na hora de retribuir os progressos que o envolvimento com o grupo padrão nos permitiu, oferecendo um feedback do processo. Como sugestão para análise das pessoas competentes, apresentamos as considerações que seguem abaixo.

     A metodologia atual tem um foco muito intenso nas atividades de grupo, ao mesmo tempo que a instituição tem um apelo forte para a participação dos jovens em eventos maiores, que poderiam ser contemplados na pontuação do grupo padrão. Essa dicotomia leva a escolhas desnecessárias na montagem dos calendários das seções. Cada grupo escoteiro tem ênfase diferente nas atividades que desenvolve e a limitação das ações necessárias para a conquista da premiação poderá levar a padronização das atividades do grupo ao longo dos anos, por comodidade, o que é ruim para o método escoteiro, onde a variedade deverá ser a tônica.

     A participação em grandes atividades escoteiras como Jamborees de qualquer porte deveriam estar incluídas porque são eventos que demandam um grande esforço do grupo escoteiro e de sua comunidade. Isso incluiria os jamborees nacionais, os nacionais de outros países, os interamericanos e demais continentais e os mundiais. É inegável a onda de motivação e reciclagem que atinge um grupo escoteiro quando alguns de seus integrantes participam de um jamboree, isso merece ser reconhecido e é digno de um Grupo Padrão.

     Eventos tradicionais promovidos pelo nível nacional e aplicados pelo nível local como o Mutirão Nacional Escoteiro de Ação Ecológica (Muteco) e o Mutirão Nacional Escoteiro de Ação Comunitária (Mutcom) estão incluídos, todavia o JOTA – JOTI (Jamboree on the Air – Jamboree on the Internet), que é uma promoção muito mais antiga, consolidada, de aspecto mundial e com grande adesão dos grupos brasileiros, não pode ser pontuado no grupo padrão. O evento bianual Elo Nacional, que ocorre há quase quarenta anos, deveria ser parte da premiação também. Da mesma maneira, a participação em atividades nacionais ou regionais de ramo poderiam fazer parte do grupo padrão, tipo Aventura Sênior, Mutirão Pioneiro, etc.

     Ações mais recentes como o Concurso de Vídeos, a Gincana Cultural Escoteira e aqueles já consolidados como o Grande Jogo Aéreo, Grande Jogo Naval, Ajuris de modalidades e Feira Nacional de Projetos Escoteiros são exemplos de outros eventos que demandam empenho, dedicação e que poderiam refletir na pontuação do Grupo Padrão.

     Uma bandeira eventualmente levantada e que poderia ser permanente e uma política institucional dos Escoteiros do Brasil porque tem alto valor e impacto social, é a Doação de Sangue. O ramo Pioneiro e os escotistas e dirigentes assumiriam esta importante atitude como uma atividade contínua, ininterrupta, dos Escoteiros do Brasil. Ao invés de eventuais e individuais atos, a doação poderia ser cadastrada no Sigue, controlada como se faz com os Recrutadores e cada doação anual de um membro adulto registrado no grupo, resultaria em alguns pontos para o grupo padrão. Dessa maneira, seriamos permanentes doadores de sangue e saberíamos, através dos filtros do Sigue, o impacto de nosso empenho.

     Considerando a regulamentação na Resolução da Direção Nacional 02/2012 do Grupo Padrinho e dada a quantidade de esforço envolvida nesse processo, entendemos que a validade da pontuação deveria ser ampliada para três ou quatro anos. Cabe lembrar que a resolução cita o grupo padrão como argumento para sua edição mas a pontuação do grupo padrão, que era prévia a resolução, não foi adequada ao período de trabalho atual.

     Entende-se que a inclusão de itens nessa premiação também reflita aquelas áreas estratégicas, onde a instituição gostaria que os grupos escoteiros tivessem suas ações implantadas ou melhoradas. Dessa forma, estimular os grupos a participarem dos fóruns de discussão e votação é uma maneira de termos uma instituição verdadeiramente democrática e transparente, com debates ocorrendo nos locais apropriados. Por isso, pontuar a participação do grupo nas Assembleias Regionais com Delegados e nas Assembleias Nacionais seria muito importante para estimular esta presença.

     Um grupo padrão também deve manter seus escotistas e dirigentes atualizados e em contato com outros adultos do Movimento Escoteiro. Nesse sentido a participação em pelo menos um Encontro Regional de Escotistas de ramo, ou eventos semelhantes ao Encontro Nordeste de Escotistas e Dirigentes e o Congresso de Educação Escoteira deveriam estar presentes na conquista da premiação.

     Assim, além da pontuação pela formação analítica específica nos níveis preliminar, básico e avançado, os demais cursos oficiais complementares oferecidos pelas Equipes de Formadores poderiam pontuar naquele ano em que foram assistidos, tais como os eventuais Cursos Técnicos de Ramo, de Mística, de Fogo de Conselho, de Livro da Jangal, etc., favorecendo a formação continuada.

     Como modo de estimular e envolver ainda mais a participação dos jovens nesta conquista, os distintivos especiais também poderiam render alguns poucos pontos, talvez com limite por ramo, assim o grupo escoteiro poderia pontuar quatro vezes no ano com os distintivos de Cruzeiro do Sul, Lis de Ouro, Escoteiro da Pátria e Insígnia de B-P. Esse limite de pontos para o grupo padrão serviria para que essas conquistas não fossem facilitadas ou desvirtuadas, embora não limitassem as conquistas no grupo, somente os pontos ao Grupo Padrão, que isso fique bem claro. O jovem saberia que sua progressão pessoal serviu para um prêmio maior para o grupo.

     Outrossim, o uso do Calendário Anual de Atividades da Unidade Escoteira Local no Sigue, como critério obrigatório de participação não traz benefício ou aplicação direta no grupo escoteiro. Usualmente isto é preenchido somente para possibilitar a concorrência ao prêmio. Entendemos que esse item deveria ser retirado de critério obrigatório ou substituído por outro de verdadeira relevância para o funcionamento ou qualidade do grupo escoteiro.

     Após doze anos de aplicação do prêmio e de dez anos de nossa participação consolidada, entendemos que essas reflexões são necessárias porque traduzem o sentimento e as necessidades daquelas pessoas empenhadas na conquista da distinção, com o objetivo de reciclar e arejar a premiação, tornando-a mais interessante e flexível, talvez possibilitando aos grupos escoteiros transitar por meios mais abrangentes de pontuação. Aos encarregados institucionais por essa atividade nossos sinceros agradecimentos e respeito. Essa ferramenta nos ajuda muito a melhorar como grupo escoteiro.

Ciência, Academia e Escotismo

Clã Chama Farroupilha em momento de estudos.

 

No dia 31 de março o chefe Altamiro Vilhena, conselheiro do Conselho de Administração Nacional (CAN), publicou em seu blog a seguinte notícia:

Os Escoteiros do Brasil estão iniciando a política de valorização dos trabalhos científicos (acadêmicos) relacionados ao Movimento Escoteiro. Esperamos trazer muita coisa interessante para esta área, que já foi tema de debate na última reunião do CAN.

Apresentei uma proposta sobre a valorização das pesquisas científicas com temática escoteira através de uma premiação com abrangência nacional, que foi aprovada por unanimidade. Agora vamos ter que regulamentar e fazer acontecer.

Até lá a UEB já está disponibilizando no site nacional alguns trabalhos elaborados por interessados no Escotismo como ferramenta educacional de valor.

Esta é uma novidade de fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento do movimento no Brasil. Quando foi escrito sobre o “Estudo e a Insígnia da Madeira” neste blog, em fevereiro, se procurou argumentos com este mesmo enfoque, pois se acredita que tais tópicos são faces de uma mesma moeda.

Somente estudando mais se poderá escrever mais e produzir melhor conhecimento e então ter uma base acadêmica, científica, para a aplicação no cotidiano dos grupos. Neste momento, estão disponíveis no site dos Escoteiros do Brasil dois estudos interessantes, o primeiro é “A contribuição do movimento escoteiro na educação do Brasil”, elaborado por Camila Moreno de Lima Silva, na Universidade de São Paulo. O objetivo foi demonstrar como um movimento de ensino não-formal se incorporou na educação formal no Brasil, e aspectos da educação ambiental presentes no projeto político pedagógico. O trabalho foi apresentado para o curso de Licenciatura em Ciências da Natureza, e é uma pesquisa qualitativa de fôlego.

O outro estudo se chama “Movimento escoteiro: A vida de Baden-Powell e o nascimento do escotismo”, elaborado por José Ricardo Cabidelli Oliveira, na Universidade Federal do Espírito Santo. É uma monografia, apresentada no curso de Licenciatura em História que traça uma contextualização bastante interessante do ambiente onde o escotismo surgiu.

A iniciativa do CAN, em especial do Conselheiro Altamiro, em destacar através de um prêmio os trabalhos acadêmicos que envolvam o escotismo merece aplausos, reconhecimento e também o trabalho e empenho de todos para ajudar a concretizar este projeto. O currículo Lattes é uma ferramenta que pode auxiliar na formação de uma equipe multidisciplinar envolvida com este projeto, com chefes relacionados com a vida acadêmica, produção científica e pós-graduação.

Parabéns ao Altamiro e demais conselheiros do CAN, com certeza este avanço produzirá muitos conhecimentos para o Escotismo, ajudando a projetá-lo e torná-lo mais entendido e compreendido fora de seus próprios muros. Estudar é preciso.