Relicário

Relicário

 Pretendemos neste espaço, compartilhar objetos históricos do escotismo e atualizaremos o acervo progressivamente, pois o garimpo nunca termina. Poderá servir como um banco de imagens para pesquisas futuras.

Se você quiser se desfazer de material escoteiro antigo (distintivos, pins, cintos, etc) entre em contato que tenho interesse em comprar.

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1979 – O ano do Jamboree. Neste ano, o Jamboree Mundial seria realizado no Irã e foi cancelado por razões políticas. Ao invés da escolha de um novo local, as associações nacionais foram estimuladas a promover grandes acampamentos semelhantes a mini-jamborees, que aconteceram na Suiça, Canadá, Suécia e Estados Unidos. Este distintivo é do contingente inglês, A parte central, com a logo do escotismo mundial com as ondas branca e amarela, correspondem a logo original do evento cancelado.

Iniciando um série de distintivos de coleção referentes a aniversários e jubileus do escotismo, de ramos ou relacionados:

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Alguma coisa dos americanos:

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Cinto de fazer inveja aos amigos Sertanejos, frequenta facilmente qualquer festa de Peão.

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B.S.A. Vintage, incluindo the Sash

Voltando ao Brasil:

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Distintivo de Lapela, década de 1960.

2013 – Centenário do Escotismo gaúcho, representado pelo centenário do Grupo Escoteiro Georg Black.

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 Aplicando o Sistema de Patrulhas

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Terceira Edição

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O distintivo de Promessa presente é do mesmo período deste primeiro cinto e o abaixo dos anos 1960, já com as folhas da Flor-de-Lís inteiras, não vazadas.

Cinto escoteiro de 1942, já da UEB. Percebam que o brasão é somente uma flor de lis, a fivela não tem pino originalmente e possui as letras AE & C, que significam Abramo EBERLE e Companhia, a fabricante, gravadas na parte do encaixe.

 Percebam que o brasão é somente uma flor de lis, a fivela não tem pino originalmente e possui as letras AE & C, que significam Abramo EBERLE e Companhia, a fabricante, gravadas na parte do encaixe.

 

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Distintivo e plaqueta do II Ajuri Nacional, de 1957, o primeiro com distintivo, realizado na Ilha do Governador, em Tubiacanga.

 

Pérola da música escoteira, LP gravado pelo Trio Irakitan em 1964, recentemente remasterizado e lançado em CD. O Trio Irakitan é um conjunto vocal e instrumental, criado em 1950 por Edison Reis de França, Edinho, Paulo Gilvan Duarte Bezerril (conhecido no meio artístico como Paulo Gilvan), e por João da Costa Neto, o Joãozinho.

  

Neste LP está o Hino do Segundo Ajuri Nacional, composto pelo Dr. João Ribeiro dos Santos.

 

Cinto da Associação Brasileira de Escoteiros

A Associação Brasileira de Escoteiros (ABE) foi fundada em 1914, São Paulo e não conseguiu congregar todas as associações presentes em outros estado do Brasil. Em 1924 já não tinha mais expressão significativa. Ao lado do cinto, aparece na foto da cópia do catálogo de produtos de 1937, da Abramo EBERLE & Companhia, de Caxias do Sul, fabricante do cinto, com número de catálogo 1302. O couro do cinto não é mais original.

Baden-Powell introduziu o toque do chifre de Koodoo, uma espécie de antílope africano, como uma prática constante nas atividades escoteiras. A história e exemplares desta trajetória podem ser vistos no museu de Gilwell Park, onde este pequeno painel original está exposto e foi fotografado. No Grupo Escoteiro Chama Farroupilha utilizamos uma adaptação sugerida pelo Chefe Ernesto Roth que consiste em um berrante gaúcho, que é de um único chifre, sendo, portanto, curto, sem as emendas de vários chifres como os utilizados no centro do país. Produz um som mais aberto e bem mais alto.

Plaquetas metálicas utilizadas presas ao cinto escoteiro, como distintivos de atividades, frequentemente empregadas em alguns países.

Uniforme original de Baden-Powell, pertencente a associação inglesa, junto com o conjunto de medalhas. Esta foto foi tirada em Gilwell Park, 2007, durante o Jamboree do Centenário, quando estava exposto dentro da Casa Branca, que é a sede do parque. Anteriormente, também já o haviamos fotografado em 1999, na B-P House, albergue escoteiro na área central de Londres, próximo ao Natural History Museum e que hoje foi terceirizado e teve os objetos históricos removidos de seus mostruários.

A história do escotismo também pode ser contada através dos selos. Iniciamos postando aqueles publicados durante os anos 1950’s e 1960’s.

Envelope comemorativo ao lançamento do Grêmio Filatélico Escoteiro, o selo não é de motivo escoteiro.

A seguir, anos 1980’s e demais:

Máximo Postal da Conferência Mundial de 2011 realizada no Brasil.selo georg black cara

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Selos comemorativos ao centenário do grupo escoteiro Georg Black 001 RS, ocorrido em 13 de outubro de 2013.

Moedas também podem contar a história do movimento. Com o centenário do escotismo, Portugual cunhou esta moeda de 5 Euros, em circulação. Foram produzidas 84 mil unidades e a moeda é feita 50% em prata, com imagem de B-P em uma face e valor nominal, data e outras informações na outra face.

No mesmo período, a Isle of Man, localizada no Mar da Irlanda e uma dependência da Coroa Britânica também cunhou uma edição comemorativa, em cupro-níquel, de tamanho grande. Em uma face apresenta o valor nominal de uma coroa (one crown) com a imagem de Baden-Powell e jovens em atividades e na outra face a Rainha Elisabeth II.

 

Flâmula

Flâmulas foram uma mania em diversas associações e muitos eram colecionadores. Esta do ramo sênior é dos anos 1970’s.

Esta dos Carajás 73RS é de papel e bem menor em relação ao tamanho das flâmulas normais.

Observem a assinatura do canto esquerdo deste Certificado de Tempo de Atividade. É do Chefe Isaac Bauler.

O distintivo fala por si. O primeiro grande evento escoteiro realizado no Rio Grande do Sul. Ainda era uma criança, mas a família esteve lá.

Abaixo o manual de campo do evento, inclusive com o mapa do acampamento.

Primeiro grande evento internacional realizado no Rio Grande do Sul, os detalhes desta atividade e do ANEI, que se encontra acima, estão minuciosamente descritos no livro “Para que não se dê por passado” do chefe Antônio Carlos Hoff.

O Primeiro Jamboree Panamericano também foi realizado no Brasil, no Rio de janeiro, em 1965.

 

 

Distintivos do Brasil, usados antes do atual “escoteiros do Brasil”. Havia outro prévio a este, um verde, que não possuímos e estão abertas as negociações se alguém tiver para troca. Como pode ser observado acima, havia dois modelos, o de cima que era o mais comum e o de baixo, chamado de “Luxo” porque possuia a borda bordada e era em tecido mais grosso, com forro na parte traseira.

Distintivo de atividade comemorativo aos 50 anos da UEB, distribuídos a todos os escoteiros registrados em 1974.

Por longo período, os escoteiros eram Noviços após a promessa, conquistariam a Segunda Classe (a direita, o menor) e o direito de conquistarem especialidades e depois a Primeira Classe (a esquerda, o maior).

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Distintivos de Primeira Classe mais antigos. Período da década de 1950.

 

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Distintivos de Chefe com Curso Básico Nacional, anos 1950.

 

Cinto com o modelo atual, mas da década de 70, com fivela produzida pela gaúcha Abramo EBERLE & Companhia, conforme gravado na face interna da fivela, onde também se lê “Caxias do Sul”, cidade sede da empresa.

Esse é das antigas. Tope de cobertura de chefe, com penacho. O penacho metade verde, metade branco indicavo o cargo de “Chefe de Grupo”. Este em particular é dos Anos 60 do século passado.

Parceiro do tope de chefe era o apito oficial de UEB, também da década de 1960’s. Este foi adquirido na “Cantina Escoteira” em 1966. Produzidos pela MAESA, com a marca gravada no corpo do apito (Metalúrgica Abramo Eberle S.A., de Caxias do Sul).

Camisa Retrô anos 1980’s, era vendida na Loja Escoteira. Observem os detalhes, somente um bolso no lado esquerdo, sem portinhola ou macheado e também a ausência de passadeira nos ombros, que nesse período era regulamentar. É bom lembrar que nesta época não havia uniforme e traje escoteiro, somente o uniforme. Esta camisa fazia parte do uniforme social, usado exclusivamente por chefes, pioneiros e sêniores, quando adotado pelo grupo.

Canivete oficial do 4º Jamboree Panamericano, em 1981, realizado no Parque Saint Hilaire, em Porto Alegre e organizado pela Direção Regional. Esta peça foi presente de minha promessa de lobinho, em 1982.

Distintivos do Nepal, anos 1980’s. Foram trocados por carta com o escoteiro nepalês Sherakar Pradhan, através do sistema Pen-Pal, que possibilitava a troca de correspondência entre escoteiros de qualquer parte do mundo, após se inscrever no esquema. Obviamente, em tempos de conexão instantânea global, é um sistema histórico. Observem que os distintivos são bordados artesanalmente.

Publicação dos anos 1970, fornecia a orientação religiosa para os católicos, o livro Roteiro Pastoral deveria ser usado em conjunto com o livro Escalada, que era destinado ao jovem.

Primeiras edições dos livros Reuniões Especiais de Alcatéia e 100 Idéias para Reuniões de Alcatéia, publicados em 1968 e 1967, respectivamente.

Relatório da Região do Rio grande do Sul, de março de 1958, com a nominata de todas as pessoas envolvidas na administração regional. Observem o tamanho do Conselho Regional e os representantes de diferentes ramos de atividades que apoiavam formalmente o escotismo. Representando os Bancos, aparece Cláudio Chassot, meu tio-avô paterno, irmão de minha avó, Maria Emilia, e diretor do Sul Banco.

Primeiras edições originais da série Opiniões de Delta, publicadas em 1968, com foto do autor, Rex Hazlewood. Pode-se ver também que a publicação original em inglês foi em 1947.

Excelente e detalhada biografia de B-P, escrita por Robert Bastin, editada em Portugal nos anos 1950’s, com algumas fotos. Na foto acima B-P esta com Peter, seu filho, com uniforme de lobinho.

Edição portuguesa do “Manual do Lobito”, publicado em 1957 em Lisboa, comemorativa aos 50 anos do escotismo.

Livro sobre o Sistema de Patrulhas, publicado em Porto Alegre, em 1941. Observem que aparece o nome do tradutor – Davi M. de Barros -, a edição, mas não aparece o nome do autor. Na contracapa, a lista de literatura disponível, com os preços

 

Anéis de lenço personalizados do GE Carajás 73 RS, produzidos durante o final dos anos 1960’s e parte dos 1970’s. O grupo tinha um clichê para estampar o couro e os dois círculos abaixo da logo da UEB simbolizam os dois círculos que eram queimados a fogo na face do índio Carajá quando ele era considerado homem.

Par de Anéis de Gilwell portugueses, feitos em corda. Reparam que os dois tem uma longa presilha de segurança para abotoar na camisa, evitando a perda. Anos 1990’s.

 

Chapéu que se arma sozinho ao tirar da capa, no estilo “Toca do Gugu”, parte do enxoval brasileiro para o Jamboree Mundial do Chile. Muitos acharam que não duraria dois dias, esta aí a prova de que é um chapéu véio guerreiro que não se entrega.

“Opindoargus””, não é propriamente antigo, mas virou uma relíquia. Bolado pelo Argus Rosenhaim para o Jamboree do Centenário, na Inglaterra, e oferecido para os membros do contingente gaúcho, o pin do Argus era um item extra oficial e que caiu no gosto popular durante o jamboree, sendo muito valorizado para trocas.

A Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias, os Mórmons, mantém nos Estados Unidos uma parceria muito intensa com o escotismo. Sempre presentes nos Jamborees Mundias com grandes templos e numeroso contingente, oferecem belas lembranças para aqueles que os visitam em busca de conhecimento.

 

Distintivos de especialidades dos ramos escoteiro e sênior que vigoraram até o início dos anos 1990’s. Neste período, cada ramo possuia as suas próprias especialidades, sem níveis, e ao trocar de ramo era necessário iniciar novamente todo o processo de conquista, pois até os nomes eram diferentes. Os requisitos para conquistar cada uma delas estavam descritos no P.O.R. (Princípios, Organização e Regras), não existinto um Guia de Especialidades, como atualmente.

Registro 1980

Você já fez seu registro escoteiro? Aqui está a sequencia de todos os distintivos de registro, desde o seu início.

  1. Cara,eu tenho uns distintivos da FBE-AR,Associação de Escoteiros Paulistas e outros…Me falta somente 1 jamboree panamericano os outros eu tenho..posso colaborar com o seu site??

  2. qual o teu e-mail??

    att,

    Daniel Souza

  3. Chefe boa tarde!

    Um pequeno trecho da História do Grupo Escoteiro Moacara 32/RS

    “Em fevereiro de 1975, dentro da programação oficial da Festa da Uva, o Grupo de Escoteiros Moacara teve a grande honra de organizar e sediar, no Desvio Rizzo, em terras do Frigorífico Rizzo, em Caxias do Sul, o I ANEI – Acampamento Nacional Escoteiro de Integração, evento que teve a participação de quase três mil escoteiros do Brasil e de alguns países da América Latina.
    O acampamento contou com a visita ilustre do então Presidente da República, Enersto Geisel, que, na ocasião, se fazia acompanhar de ministros de Estado, do Senador Guido Mondin, presidente da UEB, do Prefeito Mário Ramos e diversas outras autoridades. Esse acampamento, que marcou época no país, teve como sustentáculos maiores os chefes Ismar Bauler, José Ferreira Machado e Antonio Carlos Hoff, os dois primeiros ligados ao Moacara e o último o então Comissário Regional. Os três chefes não só deram tudo de si como envolveram, também suas famílias e pessoas a eles ligadas.”

    Caso tenha interesse eu tenho distintivos antigos do ramo lobinho

    http://colecoesescoteiras.com/index.php?option=com_phocagallery&view=category&id=2&Itemid=67

    conforme este site, caso tenha interesse entre em contato comigo por email, Após o V Jamboree me animei para aumentar a minha coleção e estou começando, cheguei a trocar com você lá no RJ.

    • Oi, Ricardo,
      Obrigado pela colaboração deste importante grupo, que há muito tempo é o maior do nosso estado!
      Sem dúvida o ANEI foi um marco, na época meu avô esteve presente com o grupo escoteiro Carajás, de São Jerônimo, e foi o evento que iniciou os grandes acampamentos no Rio Grande do Sul.
      Tenho interesse em trocas, vou te responder pelo email.
      Seja sempre bem-vindo e siga colaborando. Precisamos deixar escritas as histórias que sabemos para que todos tenham acesso e possam compartilhar.

      SAPS,

      Maurício

  4. Fantástico!!! Parabéns!!!

  5. oi, sou o MOACIR STAROSTA FUI DIRETOR DO PENPAL, DURANTE SETE ANOS, COLECIONO OBJETOS ESCOTEIROS, AJUDEI A DAR UM EMPURRANZINHO NA IDÉIA DO PIN DO JMABOREE MUNDIAL, DEL. GAÚCHA, FIZEMOS BONITO AO TRANSMITIR AO VIVO DA INGLATERRA PARA PORTO ALEGRE NO DIA 01 DE AGOSTO DE 2007, HISTÓRIA, HISTÓRIA…

  6. Maria do Perpétuo Socorro Alcoforado

    Muito interessante,meu pai quando escoteiro,chefiou uma turma de escoteiros que saiu de Recife para São Paulo a pé.Tenho uma fivela que ele me presenteou ainda em vida,gostaria de enviar uma foto para vcs analisarem,pois não sei a data e caso seja do interesse de vcs,vamos ver se ficará aqui em PE ou envio para o relicário,ela não está sendo posta para troca ou venda,seu valor não tem preço..Como anexar arquivo?

  7. Nossa, caí sem querer nesta página que me trouxe uma onda de lembranças felizes da grande época em que eu era escoteira… tirar a primeira classe foi algo inesquecível, principalmente para quem é da modalidade Mar… bom demais!

    SAPS
    Chefe Lis

  8. Ocertificado de 1952 foi doado por Paulo Kulmann(G.E.Uracã)

  9. Olá,a partir de1973 fui lobinho escoteiro e sênior do GE HANS STADEN ( Novo Hamburgo) ,participei do 4° Jamboree Panamericano de 1981, tenho todos folhetos de anuncio do evento , o manual de campo com a letra e partitura da canção , entre outros.lembro até a melodia.Sempre Alerta

  10. Tenho um distintivo de registro de 1979, mas ele está todo torto. Quais as dimensões do seu?

  11. BOA TARDE GRANDE MAURICIO!
    ESTA LINDO SEU BLOG !PARABÉNS
    FORTE ABRAÇO
    MAURO MATIOTTI

  12. Boa noite a todos. Alguém tem uma fivela Eberle UEB e queira negocia-la? Parabéns pelo maravilhoso trabalho. Sempre Alerta!

  13. claudio luis petermann

    boa noite, tenho farto material sobre a historia do 19 distrito, se tiver interesse em publicar favor entrar em contato

  14. Hernany Santos Dias

    Belo trabalho. Seria possível compartilhar o documento completo onde relata a cronologia das fivelas brasileiras?

  15. Apenas coleção ou produtos a venda?

    (lucianompereira@gmail.com)

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